Extrema

Que me tenhas extrema

e seja eu inteira

mas que me queiras utópica

e percebas sem fronteiras o sublime

que morre em mim se te aproximas

e me pertença e a ti

a mesma humanidade

que possa deixar inteira lá a minha alma

se te apossas do meu eu

e que te ergas sobre o corpo

cuja pele em cetim te afaga

ah... que te esvaias

e possa eu arder e apaziguar o teu cansaço

e ser tua manhã

aurora

a tua harpa e teu compasso

se em minha carne te alimentas

e te banhas no sangue

que aflora rubro em minhas faces

depois repouses

na leveza de espuma e te adormeça

o aconchego frágil em meu regaço

Guacira Maciel
Enviado por Guacira Maciel em 19/05/2013
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