ALVA AVE

No limiar de um prolongado vôo

Voa soberana minha ave abstrata

Solta em teu instigante universo

Prende-me em meu próprio espaço

Como um excitante anjo alado

E meu tirocínio desnuda-se ante ti

Aquiescendo tuas atitudes e vontades

Mesmo que seja fleumático teu voar

Sou mesmo adicto de teu intenso existir

Pelo regalo que desprende de tuas asas

E tua maviosa voz é o teu excitante canto

E a pugna por noticias tua é constante

No assomo de minhas indeléveis vicissitudes

Todo preâmbulo desse nosso profitente contexto

Está encravado na plenitude de tuas cores íntimas

Na fonte perene deste torpor a invadir-me diuturnamente

Onde encontro a célula Máter de tua tridimensionalidade

Nas labirínticas rotas de minha alva ave

O caminho percorrido pelo meu pensamento cotidiano

Que atinge os píncaros onde repousa teu límpido ninho

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Leilson Leão
Enviado por Leilson Leão em 03/07/2013
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