Entre Flores e Amor


Dormindo um profundo sono
Nos lençóis da ilusão
Acordei em rio abandono
Em noite de escuridão

Era uma águia... Voando
Batendo asas na imensidão
Observava as paisagens flertando
Com as cores e ares de solidão

Nas nuvens... Alada voava no infinito
Sem rumo sem direção nem sensor
De repente um mergulho um grito
Flecha cupido peito e dor

Fiquei lambuzada de amor
Ungida em óleo com sais de agonia
Vestida em pétala, orvalhada de flor
Aprisionada dia após dia

Minha alma flutuava como canoa
Enquanto a boca saboreava o beijo
O verbo amar conjugava á toa
O coração delirava com lampejo

Arquejo de paixão e libertação
Anseio por amor e alforria
Perdida em beijos e excitação
Alquimia de amor em simetria

Vivendo amor perfeito por tabela
Ouvindo uivos de poemas em janelas
Despertando ávida adormecida dentro dela
Com flores de violetas e arandelas