Dois sorrisos, um só coração.

Em dias sem ar

tento adormecer

nas asas do silêncio,

levanto meu acampamento

e tento me acomodar,

distante de tudo aquilo

que possa me fazer lembrar...

Às vezes, perco a certeza

de estar tão íntimo

da minha própria solidão,

apesar de estar

sempre acompanhado

parece até ilusão,

sensação de desconforto...

Uma casinha no nada,

um colchão, um violão,

um infinito horizonte,

dois sorrisos, um só coração...

Quadro sem moldura,

beijos aclamados de emoção,

batidas fortes

embalam o coração,

tempos que se vão...

Escadas vazias

guardam memórias tardias,

dos passos silenciosos

ecoando alegria,

gravados nos dias

de extrema harmonia,

noite brincando de criança,

madrugada enrolando fantasia...

Rogildo de Oliveira
Enviado por Rogildo de Oliveira em 14/07/2013
Código do texto: T4387030
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