Dois sorrisos, um só coração.
Em dias sem ar
tento adormecer
nas asas do silêncio,
levanto meu acampamento
e tento me acomodar,
distante de tudo aquilo
que possa me fazer lembrar...
Às vezes, perco a certeza
de estar tão íntimo
da minha própria solidão,
apesar de estar
sempre acompanhado
parece até ilusão,
sensação de desconforto...
Uma casinha no nada,
um colchão, um violão,
um infinito horizonte,
dois sorrisos, um só coração...
Quadro sem moldura,
beijos aclamados de emoção,
batidas fortes
embalam o coração,
tempos que se vão...
Escadas vazias
guardam memórias tardias,
dos passos silenciosos
ecoando alegria,
gravados nos dias
de extrema harmonia,
noite brincando de criança,
madrugada enrolando fantasia...