ENQUANTO É VERÃO

Quando o amor é noite escura;

Aquele que ama aguarda a luz do dia.

A frieza da madrugada pode de ti roubar a namorada e te causar agonia.

Mas, quando alguém ama, e ama mesmo, seja noite, tarde, manhã, ou ao sol quente do meio dia; nada é diferente; seus olhos olham para mais além.

Sim, diz o apaixonado, embriagado de ternuras e sonhos que não fenecem: Há alguém!

O coração ocupado não tem espaço para a lâmina de aço do ressentimento; sempre há uma luz que mostra o jeito.

Pois, se o cimento duro se parte e se desfaz pela força da insistente água: Pingos persistentes de chuvas muitas! Aquele que ama acredita – há um rio, então, há um caminho, um leito de águas que correm e jamais se cansam!

Amar é preciso, para saber perdoar!

Perdoar é preciso para que o amor não fique aquém da margem do ribeiro.

Ah, como queria ser teu herdeiro!

Ah, como queria ser uma raiz próxima a ti!

Uma nuvem no céu escureceu a cidade, vi no espelho as marcas da idade.

Será que choverá amanhã?

Será que fará sol?

O que será?

A alma que ama sempre espera o melhor; sim, acredita!

Ela persiste, não desiste!

Afinal, um rio só para na represa enquanto é verão...

Roosevelt leite
Enviado por Roosevelt leite em 18/07/2013
Código do texto: T4393512
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