Triste lembrança

Saí correndo procurando em cada por do sol

a lembrança do teu olhar que me enrolava

feito lençol em dias de frio...

Fui percebendo que já não estava mais acompanhado

e continuei morrendo aos poucos,

abandonado nas minhas próprias memórias

eternizadas no silêncio.

Adormeci na angustia inconsolável

da música muda de tão triste que estava,

já não sentia mais nada.

Pensava, mas não adiantava,

por onde você andava que não deixava mais

seu perfume me tocar?

E encravava no meu coração

a espada da solidão que sangrava meu espírito,

iludido e descabido pela própria razão.

Não! Se mereço isso, por que então desprezastes meu amor

cultivado no mais puro terreno da sinceridade?

E teus lábios quentes de paixão que nutriam os meus,

agora nem mais por imaginação,

apenas tocam o batom da magoa que nasceu...

Triste reflexo da dor que acompanha meu espírito,

toda vez que me transporto para o lugar mais alto,

sentimento ferido, segredo escondido,

votos de amor perdidos...

Rogildo de Oliveira
Enviado por Rogildo de Oliveira em 29/07/2013
Reeditado em 29/07/2013
Código do texto: T4410534
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