- NÃO HÁ -
"Não há nada mais contraditório
Mais indagador
Do que ver um rosto cheio de amor
Com o coração cheio de sentimento ilusório
Pois na hora de esquecer um grande amor
Parece que o sangue pára nas veias
Foi embora quem cuidava das gravatas e meias
E quem deixava o dia lindo e com cor
O coração se arrasta e não bate
A alma fica triste e quase não existe
A solidão senta ao lado e insiste
E quem olha nos olhos é a saudade
O corpo fica em maus tratos
E não esquece aquela alma que um dia se juntara
Que acariciava o corpo, que ao lado deitara
A barba fica por fazer e as roupas são trapos
Onde estão os corpos que se entrelaçavam?
Como se esquece um grande amor?
Me ensine, me mostre, por favor!
No que a paixão e o amor no princípio acreditavam?
Cleiton Dorival Lovatto - 07/04/2008