SUPLICA-SE

Como se nada tivesse acontecido,
Suplica-se algo tão sublime, doendo
O ser que sensível faz de conta
Nada querer entender do ocorrido.

Perde-se o tempo no amor duplicidade.
Ama-se muito parecendo ninguém
Compreender situação surgida,
Nas cantigas ao som melodioso do teclado.

Embalam-se na rede da varanda,
Na esperança do dia mal terminado
Juntando tudo existente em volta
Do belo corpo inebriando cheiro excitante.

Suplica-se mais uma vez resistir ao tempo.
Amor ardente desejoso de alguém,
Que tanto faz dizendo querer bem,
Erguendo santuário templo sem desolação.

Suplica-se quando não devia amor amigo,
Já que um dia foi amante sem hora certa.
Realizando tudo que queria nas noites
De amor eterno das vidas antes vividas.

Somos todos iguais na dança de sentir o peso
Da indisposição momentânea pedindo súplica.
Chega mais perto para usufruir o que vem
Sentindo as mais intensas emoções de amar.



 
Gildete Vieira Sá
Enviado por Gildete Vieira Sá em 15/08/2013
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