Descompasso
Para onde foram as rimas
Do soneto que me invade?...
Não estão claros, então,
Todos os versos que pensei?... Sim!
É que tal contradição
Estrofe por estrofe cantada
Assim como uma grande cilada
Tira-me do eixo!... Não! Não! E não!
Tudo de conceito que há em mim
Mudou naquele dia...
Foi olhar para teus olhos
E ter um doce incômodo de criança!...
Não percebi de primeira... Por que não?
Eu tenho todos os quatorze versos
E confesso... Fora do prumo
Não consigo arrumá-los, cada um no seu lugar.
Esqueço o soneto... Somente penso em ti!
Em algum momento
Tudo estará no seu lugar... Tudo!