Descompasso

Para onde foram as rimas

Do soneto que me invade?...

Não estão claros, então,

Todos os versos que pensei?... Sim!

É que tal contradição

Estrofe por estrofe cantada

Assim como uma grande cilada

Tira-me do eixo!... Não! Não! E não!

Tudo de conceito que há em mim

Mudou naquele dia...

Foi olhar para teus olhos

E ter um doce incômodo de criança!...

Não percebi de primeira... Por que não?

Eu tenho todos os quatorze versos

E confesso... Fora do prumo

Não consigo arrumá-los, cada um no seu lugar.

Esqueço o soneto... Somente penso em ti!

Em algum momento

Tudo estará no seu lugar... Tudo!

Márcio Ribeiro
Enviado por Márcio Ribeiro em 09/04/2007
Código do texto: T443747