Amo-te poéticamente

Vou me enroscando nas rimas,

Percolando por estrofes, entrando no seu clima.

Me encanto quando me faz musa inspiradora,

Quando aquiesço sobre teu encanto sonhadora.

Lá na terra dos seus sonhos sou o que quizer,

Uma ninfa, uma estrela, uma menina-mulher.

Me aposso do trono de sua rainha, sou usurpadora.

Vou me abstendo da meiguice pra ser sua domadora.

Coloco minhas mãos no papel pra te tocar todo dia,

Muros imensos se diluem quando te faço minha poesia.

Versos de mim pra você, de você pra mim.

Quem poderá nos separar nesta inspiração sem fim?

Te amar não posso, já que seria ferir a ética moral.

Mas, não há regras no amor poético e imortal.

Amo-te assim,

Sob o toque de seus dedos ao imprimir a fantasia,

Amo-te sim,

Pois meu coração não está em mim, está cativo de sua poesia.

Amo-te apoteóticamente,

De forma transparente,

Com uma urgência caliente,

Sem saber o que vem pela frente,

Que destino tem este legado inocente,

Amo-te como boa poetisa, poéticamente.

Mary Rezende
Enviado por Mary Rezende em 11/04/2007
Reeditado em 12/04/2007
Código do texto: T445794