ORVALHOS DE AMOR
O primoroso encanto da suave e doce melodia
Caladas notas, do degustar da minha língua
Imagens bailam na mente ao romper do dia
Tomam formas reais as minhas sedutoras fantasias
Sou por ventura louca, em te imaginar assim?
Ou porque deixei que habitasse o teu desejo em mim
Ouço tua voz, quando o vento passa por aqui
Sussurrando em meus ouvidos, tudo o que quero ouvir
Ah! temporal dos meus mistérios mais profundos
Teu relampejar, decepa em dois, o meu pequeno mundo
O que é real cai por terra feito um moribundo
Arrebentam-se muralhas, fica o sonho, frágil... desnudo
Como o sol, teu corpo me abraça, imponente, aquecedor
E gotas orvalhadas, brotam no afã, do desejo acolhedor
Te esculpi em sarça ardente... fugaz e sedutor...
Pra consumir minhas entranhas, no dilacerante fogo do amor.