RABISCO...

Embora eu já não faça parte do porvir

Que outrora nos lançava ao mundo da magia...

Senti-me no dever de vir me despedir

De quem já foi meu bem mais precioso um dia...

Estendo-te minha mão, a mesma que afagava

Teu rosto e teus cabelos quando tu dormias

No calor do meu peito enquanto eu te ninava

Ao som embalador de doces melodias...

E agora que eu pensava ser o fim de tudo,

O teu olhar me paralisa e eu fico mudo,

Sem fôlego, sem rumo, inerte e sem noção!

Se deres um sorriso de “canto de boca”

Eu rasgo esse rabisco e numa fúria louca

Atiro-me (de novo) no teu coração...

(Nizardo)

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Xerinho.[;)]