Porre de Amor

Meu caminhar é lento
Ando em meio á tempestade
Uma brisa uma saudade...
Como aquelas de outono, o vento...

Como se eu fosse um convento
Ao contento das carmelitas descalças
Um alento... Com vento!
Vivendo como um ermitão sem graças

Tento esquecer vivendo alienada
Deperecer como uma Julieta apaixonada
Nada... Que é tanto de tão pouco
Seca sem pranto ouvindo sons de louco...

O canto do pássaro mais lindo em minha janela
Luz da poesia mestre do tempo
Cavaleiro que cavalga na magia do vento
Joga-me de sua boca a orquídea mais bela

Beijos e poesia até o último dos suspiros
Coração de adolescente...
Coisa de gente...
Que nasceu em meio ás poesias e papiros

Cruza meu caminho... Em amarelo de girassol
Vem de uma nuvem cigana
Num jardim suspenso da Babilônia
Eu presa no labirinto de mim amante de um caracol

Brincando de amar...
Vou sonhando em colorido
Sem rédeas não domo esse amor atrevido
Então tomo um porre e me deixo embriagar

Sonia Son Dos Poemas