Soneto do amor desesperado


Mate-me, esplêndido e sombrio amor,
Se vê perder-se em minh’alma a esperança ;
se o grito de dor em mim se cansa
como morre em minhas mãos esta flor.

No abismo do meu coração
achaste espaço digno de seu desejo,
em vão me afastaste do teu céu
deixando em chamas minha desolação.

Contempla a pobreza, a riqueza
de alguém que conhece toda a sua alegria.
Contempla a minha entorpecente tristeza

Oh Tu que me trouxeste a harmonia!
Desesperada a acreditar em sua promessa.
Oh amor, eis-me em seus braços, presa.

(Silvana Ocampo)

Tradução de Elzana Mattos
Elzana Mattos e Silvana Campos
Enviado por Elzana Mattos em 24/10/2013
Reeditado em 01/07/2018
Código do texto: T4539611
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2013. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.