Talvez, sejamos apenas um só
E se adiantasse fugir do amor
como se foge da morte
pelo medo do desconhecido.
Não seria ferido pela vontade do outro
se de algum modo fosse narciso...
Seria metade e a outra metade seria vida
e não se dividiria já que ferir o outro nesse caso
é o mesmo que se ferir,
consequência da coragem ou covardia.
Ao se entregar ao vazio
ou a saudade que atravessa a alma,
aprendi que o amor é perfeito.
Se na alegria ou na angustia
a falta ainda maltrata,
talvez, por que sejamos apenas um só,
como nó que ata e desata...