ARDENTES

Chamo-te na tempestade de paixão fluindo em meu corpo para

desfazer-me de prazer em teus instantes mais ardentes,

e o eco do meu clamor resvala nas rochas longínquas, voa além,

espraiando os mais plenos desejos que me vão no âmago

Tu ouves e reages de imediato, gritas que me amas, gemes alto,

acolhes-me no mais profundo de tuas entranhas de amor,

te entregas como somente a chuva se dá ao mar e o enlaça,

bem assim também o o azul colore o céu e dele se faz íntegra.

Nossa alcova é indimensionável, sem latitude nem longitude,

porque o espaço ocupado por nosso amor rejeita limites,

nós nos amamos no céu, na terra e no ar, esse louco amor,

mas tão sensato quanto a pureza do diamante, belo e cândido

Gritamos em uníssonos nos chamando mutuamente, em gozo,

e, em pouco, plenos um do outro, somente suspiramos,

não há mais necessidade de clamores, estamos enfim sós,

juntos, amalgamados nos três elementos da vida: água, fogo e ar

Gilbamar de Oliveira Bezerra
Enviado por Gilbamar de Oliveira Bezerra em 31/10/2013
Reeditado em 01/11/2013
Código do texto: T4550827
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