Casamento nada tradicional

Era dia de sol e de lua

No calendário sete de Fevereiro

Um mundo ali se inciava

O casamento de dois guerreiros

Haviam pensado num padre

Pra realizar todo o cerimonial

Porém não queriam jurar união eterna

E sim até enquanto o amor fosse real

O padre não aceitou a requisição

Pra eles isso era mais que essencial

Então decidiram chamar uma bruxa

Que consagrasse a união matrimonial

No entanto a família era toda cristã

Não entenderiam a vontade dos guerreiros

De casar-se com a benção da Deusa

Num círculo mágico e com todos elementos

Decidiram então radicalizar

E chamaram um pastor pra fazer

Um cerimonial simples e bonito

Porém sem nenhuma chance de os converter

Eram livres como o vôo das águias

E queriam suas asas bem abertas

Tomariam sim das águas da sabedoria

Sem no entanto ser de uma torneira certa

Quem viu não entendeu mesmo nada

Onde já se viu casamento ser desse jeito

Onde não houve obrigação de juramentos

De coisas que dizemos só naquele momento

Quem viu só comentava

Que a noiva era mesmo porreta

Tal como o noivo que lindamente

Trocara o juramento por um poema

Dissera ele que lhe daria suas asas

Pra voarem juntos na união do amor

Já ela a todos instigara

Quando dissera o motivo pelo qual se apaixou

Tiveram seu cerimonial belíssimo

Sem valsa mas com música celtica

Dançaram no círculo de mãos dadas

O ensaio da vida de uma outra época

No céu se percebia uma raridade

Bem juntinhos o Sol e a Lua

Abençoando em pleno meio dia

Os 2 guerreiros já quase em núpcias

Foi quando ela se lembrou do dia anterior

Quando pedira ao Cosmo uma certeza

De estar agindo o mais certo possível

Se guiando pelo coração naquela correnteza

O Cosmo em resposta mandara-lhe a chuva

E em seguida um arco íris apareceu

Havia sido mesmo seu pedido à Ele

Sendo essa a prova que o céu concedeu...

Auricélia Oliveira
Enviado por Auricélia Oliveira em 19/04/2007
Reeditado em 19/04/2007
Código do texto: T455728