(A um alguém perdido no tempo e espaço)

Pressinto, deliciada, o teu chegar

como o mundo antecipa a aurora

que marcará um novíssimo dia.

No encostar casual do teu corpo,

o meu perde o prumo; é a hora

que se manifesta a minha agonia.

Agonia essa de te ter e subjugar.

Em meus braços, cadear a prisão

que escravizará como meu teu ser;

em meu corpo, ser todo (e torto)

para teu ímpeto, para a satisfação,

para o nosso completo prazer...

Porque não és homem para mim:

és uma força da natureza,

que me torna um instintivo animal

diante dessa tua grandeza.

Thaís Soledade
Enviado por Thaís Soledade em 06/11/2013
Código do texto: T4559305
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