Amanhecer em Bruges

O sol ainda não raiou, e eu aqui,

Perdida em pensamentos que falam de ti.

Numa cidade de castelos e de reis,

Sorrio ao recordar sua altivez!

Devia estar dormindo, é quase dia.

Quisera eu controlar a euforia

Que por tantas horas me deixa acordada.

Impossível resistir, eu reconheço,

É incurável o mal do qual padeço,

Contra esse mal, eu não fui vacinada!

Hoje carrego na alma tatuada

A marca indelével desse sentimento,

E uma estranha sensação experimento.

Um príncipe sem coroa e sem trono,

Tem o poder de me roubar o sono!

Fito o céu noturno pela última vez;

O mesmo céu, as mesmas estrelas, talvez.

O sol começa a surgir no firmamento...

Emocionada, elevo a Deus uma prece.

A lua, trêmula, se esvai... amanhece!

Sonia Villarinho
Enviado por Sonia Villarinho em 24/11/2013
Código do texto: T4584605
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