Cárcere da criação II
Confinado na escrita
vejo-lhe no espelho
vestida, chanti.
Azul turquesa, de beleza pura
a Isis e a lua agora todas nuas.
Sou o escriba no porão de um mundo
sou ar puro no pulmão de uma vida.
Monta o rolo, rola a fita
cinema mudo tinha muito que falar.
Histórias, memórias
romances e enlaces.
Guerras, embates
comédias e glórias.
Nos teatros antigos
nas trincheiras e abrigos
bebedouros de todos os bêbados;
copos cheios,
corpos vazios.
Loucos soldados
querendo espaço e apreço.
Confinado na escrita
as horas voam
folhas se enchem
ansiedade e alienação.
Com sorte
consorte
sem premunição
sempre.
André Anlub®
Site: poeteideser.blogspot.com
Poeteideser® - Pena & Pincel®