Concubino erudito II

Chegou manso,

com aquele papo de ouro

conquista, envolve e absorve.

Se não deu, dá um tempo

e tenta de novo

naquele clima fresco,

aquele vinho bom

lareira acesa

e sentimento em “blow”.

Se já há resposta, atividade!

Com responsabilidade faça de jeito

e de bom-tom.

Vejo o futuro: - a mulher grávida

caminhando na praia

saia rodada

e imensa vontade

de estar numa festa cálida.

(pagã)

Para quebrar a leitura

aumento essa coisa fútil

dispensável, absurda

cega, surda e muda

com esse parágrafo inútil.

Volto ao conquistador barato

réu com popular palavreado

engomado, com a boca que dança

ao som da goma de mascar.

O ser mascarado

de louco disfarçado

fazendo crueldade.

Escreve livros invisíveis

Irrisórios (de matar)

sem fim (há de acabar)

e até mesmo sem finalidade.

Por fim surgem infinitos demônios

sem nomes nem rostos

sem breves e longos amores

surgem só para lhe buscar.

Agora vemos as dores

que somem, longe

e deixam os motores

que impulsionam o viver.

É só mais um dia

vida e coração.

Visão apaixonada

do fluxo, sangria

e adoração.

Não há mais a dizer

só abra os olhos

e permaneça amando.

André Anlub®

(24/11/13)

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