QUANDO O MEDO ME TOMA

É assim que ele me toma

E aos poucos me consome

Como um vinho tinto

Numa noite tonta

Fria e sem destino

Sigo a relutar

Meu olhar contínuo

Lhe suplica

Adeus

Mas eu não resisto

Aos encantos teus

Seu olhar me diz

Você está sozinha

Criatura minha

Nessa imensidão

Então meu bem aceite

A lúcida loucura

De te tomar de novo

Agora pela mão

Por isso eu tenho medo...

E por ter medo

Eu não vou só

Eu vôo sempre em bando

E o meu coração

Segue a latejar

E sem ter morada

Eu vivo pelos cantos

E com todo encanto

Eu canto enquanto

Eu temo o medo

E o medo

Me consome...

Pauline Campos
Enviado por Pauline Campos em 26/04/2007
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