QUANDO O MEDO ME TOMA
É assim que ele me toma
E aos poucos me consome
Como um vinho tinto
Numa noite tonta
Fria e sem destino
Sigo a relutar
Meu olhar contínuo
Lhe suplica
Adeus
Mas eu não resisto
Aos encantos teus
Seu olhar me diz
Você está sozinha
Criatura minha
Nessa imensidão
Então meu bem aceite
A lúcida loucura
De te tomar de novo
Agora pela mão
Por isso eu tenho medo...
E por ter medo
Eu não vou só
Eu vôo sempre em bando
E o meu coração
Segue a latejar
E sem ter morada
Eu vivo pelos cantos
E com todo encanto
Eu canto enquanto
Eu temo o medo
E o medo
Me consome...