*** FERA FAMINTA ***
O tempo beija a face da saudade
E abraça com carinho a minha doce espera
Olhos parados, contemplando os ponteiros do relógio
Que caminham sem cessar, do outono à primavera
Os dias passam e carregam consigo novas histórias
Tudo muda constantemente em nossas vidas
Há noites ensolaradas, coloridas por tanto brilho
E dias sem luas, quando sangram as feridas
Ah! meu senhor... meu doce senhor
Vejo as marcas dos teus passos sobre estrelas
E cavalgo em teu espaço... em teu desejo
Como folhas varridas pelo vento em alamedas
E nesse encontro oculto dos nossos corpos ao vento
Como fera faminta você me possui
Essa forma selvagem dos teus pensamentos
Me encanta, fascina, me envolve e seduz
E assim vou colhendo teus beijos, teus desejos e teu carinho
Pois as noites se acabam e carregam consigo sua história
Planto em raios de luz as flores do meu caminho
Teu olhar que não conheço, mas que gravo na memória