BRILHO TRANSCENDENTE 
Juliana Valis




No brilho transcendente do amor,

A mente e o coração pedem sonhos,

Além de toda estação, presa à dor,

Além do que são os tempos medonhos...




Ah, ventos de luz, na intrépida imagem,

Sentimentos que a vida, em si, já conduz

A transformar, sempre, na mais bela miragem

A janela que a alma nos abre sem cruz....





Pois amor não é, assim, substantivo perdido

Nos labirintos de um vivo momento insensato,

Eis o  sentimento humano, profundo e tão lido,

Que o mundo perde sentido se o amor for ingrato !




Ah, de fato, o que realmente já somos ?

Se não houver na mente a trajetória de luz,

Que conduz o verbo a conjugar o que fomos,

Como encontraremos o sonho que o amor já conduz ?