VOCÊ

Sem igual, você é sonho,

Praia bela dos litorais da eternidade,

Diamante negro, ou cisne branco,

Espírito da primavera em corpo de mulher,

Talento para a paz, e vocação para o amor.

E eu, entre os girassóis e as estrelas, suponho:

Venha a mim a noite tenebrosa que ainda vier

Pelas estradas dessa vida que palmilho tanto,

Que andar por essas estradas é a minha sina,

Hei de estar sempre na sombra de sua luz,

Candelabro que me ilumina,

Desde o berço até à cruz.

Sem igual, você é luz,

Estrela de primeira grandeza que brilha sempre e tanto

Que me absorve de mim mesmo e me doa à eternidade,

Ninho onde nossas almas se enlaçarão, quando vier,

Libertadas das pedras desse negro caminho branco,

Onde os nossos sonhos eternos foram pregados na cruz.

E eu, perdido na distância que separa o beijo e o amor,

Com a alma deitada sobre o leito dessa distância, suponho:

Entre o amor, ainda que centelha, da idealizada mulher,

Que me resgata dos vales sombrios da morte e me ilumina,

E o amor do mundo, desejo ardente, mas vazio de sonho,

Prefiro o dela, porque é sonho, porque é luz, porque é sina.

Carlos Henrique Pereira Maia
Enviado por Carlos Henrique Pereira Maia em 13/02/2014
Reeditado em 08/08/2014
Código do texto: T4690007
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