AMOR DE VERDADE OU BURACO DO TATU!...

Gosto imensamente
de amar e do Amor,
conquanto, e, sobretudo,
quanto ao divino conteúdo!...

Acaso se refiram
à chama ardente desse Amor,
baseado em cordialidade e confiança,
então, plantemos e colhamos a esperança...

E ainda, acrescento o "respeito cristão",
sem o qual, é deserto em imensidão,
no que há de existir entre mim,
entre si e o ser amado.

E quê, à tal “chama”, inda quê,
“eterna enquanto dure...”,
Há de tê-la e saber resguardá-la
sem prendê-la, a não escravizá-la...

Atê-la sim, com a atenção,
a tê-los na paz do coração,
no primeiro escalão
de nossos sentimentos mais verdadeiros. Nunca atrozes nem vãos ...

Um paraíso de céus azuis profundos
ou estrelados no entrelaçamento das estrelas ao infinito universal do mundo!

Se não,
a chama apaga
ao nosso primeiro
sopro de um sibilar,
inda que seja,
no momento de dizer:
Eu te Amo!...
Ou ao primeiro sopro de um vento insano...

Depois de tudo isso,
sempre o alimentar
com o manjar dos Deuses,
que é o combustível de o mais puro teor,
que nunca polui nem trás dissabor...

Reconhecer
nossa culpa,
antes,
durante e, à frente de tudo,
antes que seja tarde!

Posto quê, sem excessão,
quando o ânimo se exalta,
hesita e exulta,
afinal, o Amor não é
o nosso principal cliente?
E o cliente não tem sempre razão?...

No mais,
é lhanezal & haneza,
haja vista quê,
se viver já é difícil
o quanto cair num precipício,
imaginem conviver
ou até sobreviver
a amores de artifício...

Ao Amor, tudo!...
Desde a viola enluarada
ao divino conteúdo!

Do falso e pretenso Amor
que só nos deixa males e descrenças,
aos quais,  podem ser que,
por instantes envolvam,
por conta de que se fundem...

Se, se fundem, infundem e confundem.
E até que duras pedras dissolvam?!...
Morreu Neves e Inês estará morta!

A esse Amor e a essa chama,
(todo mundo no mundo reclama!),
Então, fica somente o nada!

Sem dó, nem compaixão...

Nada... Nada... Nada... Que é Não!
E, nada vezes nada é nada
na multiplicação, que é a operação
da "sagrada" congregação...


A mim, a ti em tu,
a vós e a nós só resta
e que restem sem frestas,
o buraco do tatu!...
Que em todo lugar tem
sem precisar ir a Istambu...

Lembrando a "modinha" popular que diz:

"Não meta a mão no buraco do tatu,
que é muito perigoso
e é preciso ter coragem!"

 
Antonio Fernando Peltier
Enviado por Antonio Fernando Peltier em 16/02/2014
Reeditado em 16/02/2014
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