CASTELOS DE AMOR
JulianaValis




Castelos de amor, presos aos maiores sentidos,

Flutuando, indefesos, sobre as névoas de nós,

Monumentos da alma nos versos rendidos

À chama, sem calma, dos delirios tão sós  !




Castelos de amor nos estrépitos de luz,

No afã da verdade que conduz o futuro,

Além do medo que invade, que afugenta e seduz

O presente mais límpido ao passado obscuro...




Quantos castelos, portanto, caberão

No âmago da alma intrépida, no pranto loquaz,

No delírio mais lídimo de um só coração,

Além da vertigem que o pesadelo perfaz ? 




Ah, nunca saberemos, de fato, o que a vida

Trouxer no recôndit0 caminho que faz 

Desses castelos de amor, uma emoção incontida,

Singelos delírios como ventos de paz !