Simples assim?

E do nada

Nasce o

Verso

Sem musa

Nem prosa

Reto e certo

Como quem goza.

E do ópio

Surge o óbvio

Que acalma

Que engana

Quem lê

Quem escreve

Sacros versos

De rima mundana

Que chora

Como quem pede

Mas não cede

Na cama.

E do pecado

Nasce o perdão

Que não repara

Vira pro lado

E se entrega em vão

E do amor

Encarna a perfeição

Entre gestos e toques

Corpos em ação

Para enfim juntarem-se

Fazendo o que eram dois

Um só coração...

José Benício
Enviado por José Benício em 11/03/2014
Reeditado em 13/03/2014
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