INSANOS
Os mesmos lábios doces que destilam mel
Em ósculos lascivos sob o edredom,
Por muitas vezes trocam o aroma do batom
Pelo asqueroso gosto fúnebre do fel...
E a mão que acaricia o corpo que a consome
Em tons animalescos lhe arrancando a blusa...
Aponta-me defeitos, acena e me acusa
De coisas que eu prefiro nem citar o nome...
E é essa doidivanas que quando me chama
Eu puxo seus cabelos, lhe atiro na cama
E arranco do seu “eu” os últimos gemidos...
Sentindo nossos corpos tremulando e aos poucos
A vizinhança acorda com os gritos dos loucos
Que só deixam de urrar na perda dos sentidos...
(Nizardo)
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Xeroooooooo.[:p]