NOSSAS MÃOS
Vem
Dá-me a tua mão
Penteie meus cabelos
Me incite ao indubitável
Faça de tuas mãos uma almofada
Deleite.
Mãos morenas. Calejadas.
De ti mesmo sei quase nada
Mas como posso eu
Fingir estar inóspita
Assim que tão bela imagem
Me corroeu?
Mãos que escrevem
Dão vida ao morto...
Revive corações. Sensações.
Convide-me a bailar...
E como posso eu
Ficar assim?
Me acriançar.
Agora
Olho para minhas mãos
Coloco-me a pensar
Pronto. Tudo exposto.
Mas, querido...
Onde estão as curvas do teu rosto?