Onde Morre a Luz

Não, não era uma vez,

que

foi levantando

o pó da vida,

que encontrei você

agastada,

no meigo mundo

que te fizeram.

Foi erguendo bandeiras

dos sem pátrias,

foi carregando espadas

sem nome,

foi empurrando as cinzas,

e sufocado com minha

própria voz,

que consegui,

em,

era uma vez,

te conquistar.

Mas foi por pouco,

muito pouco,

que sua vida não foi

minha vida.

Um cavaleiro de

cisco dourado

sobrejou da esquina

e, soberbo como

as cotovias da primavera,

chamou pelo seu nome

e levou você e minha dor.

E era uma vez,

e, nunca tive

a vez,

sem hora marcada,

sem dono,

atrelado à dor

de um pássaro

ferido,

que, penso agora,

cadê você?

morreu,

dentro de minha luz,

meu céu,

às doze horas,

lá se foi,

minha doce

amada.

roxy do rio
Enviado por roxy do rio em 29/03/2014
Reeditado em 26/07/2014
Código do texto: T4748661
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