Flores do Tempo

tem flores que

não sabem que

nasceram,

tem flores já crescidas,

mas que não são flores.

há flores e há flores,

há flores que não sabem

que são flores;

há flores e flores,

pra descobrir uma, há de ser

de amor e amor por faina

e dor.

assopre a flor ao vento

e deixe as pétulas

garlarem

na sua brisa;

aspire o pólen,

e deixe-o

rodopiar pelo

jardim.

dê tempo

ao tempo,

pois a natureza

é feita de espaços

e ventos de incógnitas.

e, na vida, chegou sua

vez, cheio de elos,

de fazer a

descoberta

de uma mulher

sem carmelos,

e veja:

se dela nascer

a fragilidade,

a dor,

os feixos de

tristeza,

o arco-íris,

o sorriso de

ser linda,

o riso

de ser formosa.

a bondade,

feito a deusa íris,

então,

você acaba de

descobrir

a mulher.

e dela você

não descobriu

só o sexo,

nem o puro prazer,

mas a maravilhosa

imagem que lhe ardosa

o âmago:

você achou a verdadeira

mulher:

que jorra feito corredeiras,

o milagre de fazer você um

homem,

o milagre de descobrir

que a mulher não é só

um objeto rotineiro,

mas o eterno espírito faceiro

que do homem é herdeiro.

roxy do rio
Enviado por roxy do rio em 30/03/2014
Reeditado em 26/07/2014
Código do texto: T4749784
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2014. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.