Sem Laço, Lá Não Vivo

Babilônia de meus dias,

fogo que arde no peito,

- suplício e fogueira -

traz a de nome Maria

para os amores e meus feitos !

A chama que arde,

é a mesma onde reside,

os faroleiros que anunciam

na sensação de perca,

na fuga do que durou até tarde.

Ave! Dos bilbodes!

Tudo agora é palha

pra Fogo de São João,

a sensação é de um pirotécnico,

que, no dia-a-dia,

nem encontros coletivos

agora tem.

Não tem Maria,

não têm jeito,

não tem fogo!

A viver só de vida é sonho,

é bombinha de festa,

é fogo feniano.

Dela, que deixou minha paz abalada,

num fogaréu pulado,

primário e grego,

com uma asa pra voltar

e outra pra rodopiar!

Hoje, ao recordar

nossa vida,

tenho certeza,

que se você soubesse

ao menos, que eu existisse,

me carregava brando, lento, delongo,

e correria aos meus braços.

Pois igual ao fogo de

Maria, não tem.

O resto é de mal agouro!

Se ela se tornou fogo

e caleja agora outro

corpo,

a culpa é minha:

Sou dois perigos,

uma pólvora de tempo,

um fósforo de alentar,

pra, uma hora, virar,

alternativa da saudade,

ou madeira de consumo

ingrato.

Volta, Maria alvissareira,

senão viro

fogo de bebedeira!

roxy do rio
Enviado por roxy do rio em 30/03/2014
Reeditado em 28/07/2014
Código do texto: T4749809
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