Árvore dos namorados

Árvore de galhos velhos e de folhas renovadas,
Que ocupava um pequeno espaço neste lugar,
Sendo até marcada pelas moças apaixonadas

Árvore que resistiu aos ventos fortes,
Protegeu o ninho dos pequenos passarinhos,
Com seus galhos e folhas a bailar aos montes.

Árvore que recebeu o calor do sol.
E a chuva, às vezes dia e noite,
Ao tempo e descoberta sem um lençol.

Árvore que dava sombra nos dias quentes de calor,
Ao homem após o almoço do trabalho duro na obra,
Descanso e repouso aliviando seu corpo daquela dor.

Árvore que observou e protegeu casais de namorados,
Nas noites iluminadas pelo brilho prateado da lua,
Aos seus pés nus faziam amor sem ser censurados.

Depois seu tronco e galhos foram cortados sem pena,
Para ajudar esse edifício onde hoje moramos a levantar.
Ao longo desses anos, fico a pensar minha amada Helena.

Dói no peito só de pensar que foi aqui nesse lugar,
Debaixo daquela árvore que nos amamos,
E fizemos nosso filho naquela noite de luar.
Laerte Coelho
Enviado por Laerte Coelho em 06/05/2014
Reeditado em 06/05/2014
Código do texto: T4796386
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