OS PÁSSAROS
Entendo entreolhando-te quando Neruda
Canta os pássaros em ode emocionada.
Pássaros que plainam com leveza
No céu ordinariamente cerúleo que no cobre.
E dentro da antiga governança provincial portenha
Ouço lindos cantantes apaixonados...
Segredados nas mais diversas cores: sabores.
E já caindo o sol que no ocaso
Também plaina sedento de descanso
Vou embora como uma revoada de pássaros
Pássaros ciganos desordeiros
Deixando meu beijo ardente neste cabildo
Com uma imensa saudade do amanhecer
Que amanhã in Rio nascerá.
(Buenos Aires, 17 de maio de 2014)