ENIGMA SINGULAR
ENIGMA SINGULAR
Abro o céu do meu canto...
Um pulsar de asas em meus instintos,
No encontro do meu próprio encontro
Vejo-te, sedento
Voando livre,
Verso tímido que sobrevive
Nas pautas do meu alento...
E como que num vulto aberto
Desprende-se num milagre incerto
Meu teto azul, aberto...
Gole seco de desespero,
Pouso térreo no meu ego...
Viajo mesmo sem nenhum destino
No teu cheiro místico,
Horizonte de que preciso,
Para aterrissar...
Dilema enigmático, pouso singular...
Recolho as asas,
Sem eco, sem luz, sem ar...
Morro por um segundo
No chão secreto...
Do teu olhar.
Poesia Marisa Zenatte
* Direitos Reservados