Desertos (05/2010)

A paixão invoca desejos extremos

Nos faz vociferar de tanta tristeza

Impedir tal maldição não podemos

Pois seu calor derrete toda frieza

O devastador desejo:

Olhar os lábios e querer beijos

Olhar nos olhos e tentar enxergar amor

Tentar parar o tempo

Com a força de um abraço...

Paixão é algo que faz o poeta dentro de nós

Perder a rima e a linha...

Quem disse que podemos nos queixar

Pois conflito é o que compõe a vida

A grande luta que não podemos deixar

Mesmo que o algoz seja a pessoa querida

A injusta guerra exila sem hesitação

Para um árido deserto distante

Longe da realidade constante

Fazendo miragens no coração

Saara que nos derrete ao meio-dia

Deserto que nos abandona na noite

Saara que nos congela na escuridão tardia

Deserto que nos queima como açoite

Paixão está para amor fraternal

Assim como deserto para bosque setentrional

Todos querem seguir de forma segura

Mas no fundo todos amam uma aventura!

Filipe Magalhães
Enviado por Filipe Magalhães em 31/05/2014
Reeditado em 02/02/2016
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