LEMBRANÇAS

Lembra-se meu querido, de nossos risos sem nexo, de nossas conversas insanas e conclusões lunáticas para muitos ?

Lembra-se de nossas observações sobre a vida, do meditar sobre o viver e do admirar o Ser Supremo ?

Lembra-se? Dois doudos a galgar calmamente pela estrada da vida sonhando com a liberdade do sistema?

Lembra-se? Duas crianças que sorriam felizes, sonhavam em ser livres, meditavam, sonhavam, viviam...

Lembra-se? Dois seres esquisitos – julgavam os outros. Dois seres feliz – sabíamos nós.

Lembra-se de nossos momentos infantis que brincávamos, corríamos e até brigávamos como crianças?

Lembra-se de nossas conversas? De quando me puxava a orelha e dizia-me: cuidado!?

Lembra-se de nossos passeios sem hora marcada, sem lugar certo, sem intenção de passear? Mas passeávamos...

Lembra-se das caminhadas que fazíamos lado a lado, liderados pelo silencio, que era pra nós a melhor conversa?

Lembra-se das reuniões que fazíamos para resolver problemas? Para ajudar um ao outro e analisarmos coisas e pessoas a nossa volta?

Lembra-se das ligações fora de hora, de olhares trocados, de sorrisos cúmplices...

Lembra-se de nós, dois lunáticos, doudos ... felizes!

Lembra-se? Tempo bom não é? E digo por fim parafraseando o poeta; “tempo bom que não volta mais ...”

Adeus