Poesia Concreta (O poeta não morreu, foi ao inferno...e voltou-Cazuza)

Que é que há com a poesia?

Ela já não é a mesma!

Já não é como antes que sorria.

Que falava com alma.

Que será que houve com a poesia?

Algo está diferente.

Ela anda tão oca, tão vazia!

(o coração carente)

Onde estão lindas metáforas,

Que tão belas cenas iam descrevendo?

O sol, a lua, o céu e estrelas lá fora.

Mesmo chovendo por dentro.

Poesias de amor, de paixão.

as cores do mundo recriavam:

O azul-mar, vermelho-batom,

Que a mulher ornamentavam.

Que acontece com os versos?

Palavras agora tristes.

Os caminhos agora inversos;

Não soam como antes

Fluíam palavras com fervor.

Poesia agora tão concreta!

Só falta rimar amor com dor.

Que é que há com o poeta?

Escrever poemas é tudo que sei

Mas uma parede dura me confronta

Como descrever o quanto amei?

Apenas uma saída, uma porta aberta.

Devo entrar, fazer meus próprios versos,

Enfrentar a solidão que a todos afeta.

Ser forte, seguir meus próprios passos,

No compasso de um coração poeta

Walter Branco
Enviado por Walter Branco em 11/05/2007
Reeditado em 21/06/2011
Código do texto: T483164
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