Instrumentos do Estro

Sobre o pergaminho vazio

A pena ainda sem um passado,

Sem um presente, na verdade

Apenas uma gota de lágrima

Esboça-se sobre o branco da tela

Reluzente, ausente à tristeza,

Singular ao que vem de dentro,

Naquele instante doando-se à poesia!

Perante ao prisma do espelho

Um doce mistério, um doce pecado

Mostram-se melancólicos, poéticos,

Ah, quisera eu ser um poeta

Das letras pintadas,

Dos desenhos escritos

Dos deuses escribas,

Das deusas pinceladas,

Feito quem vivência a mitologia,

A analogia das palavras benditas!

No Corpo camisola longa de amar,

Na alma o sentimento amor!

18/06/2014

Porto Alegre - RS