PLANOS DE VIDA

Não somos nós quem definimos.

Alguns afortunados,

Ao sabor de ondas calmas,

Vão amealhando riquezas,

Escravizante nos objetivos.

Desconhecem o que é o amor,

A bondade do braço estendido,

O enxugar das lágrimas de quem chora,

Uma palavra amiga que reconforta.

Pensam na supremacia do poder,

Que é passageiro e jamais se perpetua,

Pois vulnerável é a vida,

Que um dia se desvanece

Outros que são felizes por nada possuirem,

Tendo de riquezas a vida sem ostentação,

Se compadecem diante do sofrimento,

E se preciso for querem repartir as dores.

A Alma tem a simplicidade da criança,

O coração pulsa quando vê a alegria reinar,

Podendo chorar pela dor do próximo,

Se alguém estiver desamparado.

São incompatíveis em seus propósitos,

E aquele que navegou em águas calmas,

Pode enfrentar as turbulências,

Que em fúria desvairada leva tudo de roldão,

Restando as cinzas da vida escravizante.

Aquele que teve a humildade como respaldo,

Pode receber o abraço de quem um dia socorreu,

E se uma criança tem em mãos um botão de rosas,

Vem correndo lhe entregar com um lindo sorriso,

Com a cumplicidade da mãe que sorri feliz.

19-06-2014