Da-me

Da-me a mão, leve-me com você, ama-me como jamais o tenha feito, tire-me da torpe realidade que vivemos, leve-me para o seu lúdico e ilusório mundo onde só você vive. E eu... Sepulto minha antiga vida, e começo uma frágil outra. Da me a mão, da me algo mais, quem sabe... Amor. Da me os olhos onde eu possa depositar os meus marejados nos seus profundos e negros misteriosos.

Berra-me uma palavra, quem sabe rude, profana ou herege, mas há também de berrar a doce, bela ou até uma singela, mas... Peço-lhe, tenha-me, ainda que no canto mais obscuro, vago e borrado do seu gelado coração.

Douglas Moreira
Enviado por Douglas Moreira em 29/06/2014
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