Poema sensual (quase) sem rima


Suas mãos ávidas e quentes
Passeiam pelo meu corpo
Num prenúncio de amor e desejo.
Um cheiro de paixão invade o quarto
E em instantes...
No calor de nossos beijos
Reacende a chama
Que para o Amor me chama,
Inebriando com suave perfume
Essa mistura de sensualidade
E ciúme!
Sinto apenas seu arfar ofegante!
Fico tonta...
Entrego-me
Aos seus e aos meus desejos
Sem nenhum outro interesse
Que não seja o nosso Amor!
Não controlo mais o tempo
Nem sei se anoiteceu
Ou se ainda há a luz do dia!
Falta-me o fôlego calmo
Corre-me depressa
O sangue nas veias...
E nosso bailado incendeia...
Somente ouço as batidas
De um descompassado coração.
Na certeza de que hoje eu o tenho 
E amanhã... quem sabe?
Pode voltar a solidão!
Mas preciso esquecer o amanhã...
E viver as loucuras de hoje
Eu e você, em perfeita sintonia!
E nos seus braços viver
Todas as fantasias...
E despertar, mais tarde
Ao sol da manhã que arde
Na esperança de um novo recomeço
Em sua companhia!

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