Rodopiando
Vai dançando que eu sigo seus passos.
E aqueço meus pés com seus abraços.
Que a noite, perdem todos os atos,
Na fantasia noturna de seus amassos,
Que de trincheiras ficaram nos retratos,
De um tempo que não vai acontecer.
E rodopia a Cinderela que perdeu os seus sapatos,
De coração perdido diante de tantos fracassos,
Vislumbra a possibilidade de que seus embaraços,
Sejam desfeitos ao anoitecer.
E assim, vai se achegando a menina no frio do terraço,
Escrevendo poesias para o louco homem de fortes traços,
Que a não a soube compreender.