MULHER!...
Mulher!
Ah! Se ao menos tua boca beijar pudera,
Teus belos lábios com desriso de branduras
Amarga e cruel razão de minhas loucuras
julguei que me amavas e tal não era
Desfaço-me das doces palavras belas
que há tanto para ti, vezes eu escrevi,
Dispo-me destas paixões que tanto já senti,
Descritas nestas páginas já amarelas.
Rasgo-as, sem escrúpulos, talvez em vão,
Meu amor por ti há muito se desgastou,
Arestas não aparadas, resquício que ficou
Em nossa vida a dois, dupla desilusão.
Trecho do poema Mulher.
De egê – SP
do livro poeira e flor vol II