ATOTÔ KAVUNGO
Tuas palhas são o nosso segredo
Não temos medo: tu és soberbo
Danças etereamente com zelo
E nascido do barro, espalhas amor e caridade
Pela verdade deste mundo: infinita.
Assim como tuas contas de vermelho, branco e negro
Brotas em meu coração paixão vermelho apaixonado
Como uma rosa sempre: minha vida.
De Ogum a comida recebestes: longevidade
De Iansã ganhastes os ventos da coragem
Viva meu velho amado ser vivente
Pois na caminhada resiliente da vida
És tu meu príncipe alado...
Atotô meu guerreiro
Que vive, vence e mata
Que luta, descansa, cura e trata
A vida, o tédio, o vício, a sorte, a morte...
Salve Akavan, Ajunsu, Afoman e seus irmãos
Que da terra surgem em flores cada vez mais e mais
Límpidas como o sol vibrante que seca nossas chagas
Depois de um dia entusiasmado de labuta divina.