Amor, Berço de Mim

Sem cera, sem máscara , disfarce, nua

descalça ponho-me ao deitar

orar e ao teu olhar

Nenhum de nós poderá macular

o que primeira estrela abençoou

no purpuro entardecer

Em tempos de dor cultivei ninho

seda e plumagem

asas que me viriam libertar

Cera derretida mostra alguma ferida

pérola querida

órgão em desalinho

Envolta em linho ainda eu

que cresci e criei asas

por entrega sincera

Ingênua/ transparência /decência

Em ser e me dar (AMAR)

a mim / a ti e, ao mar!

virgínia além mar 1995

virgínia vicamf
Enviado por virgínia vicamf em 18/05/2007
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