808) Sem senso amor

Ah! Como gostaria de sair de minha pele

E me vestir de vento,

Sem senso...

Pois a carne jaz a mostra

Escarnecida pelo tempo incauto,

Aos olhos dos abutres que sobrevoam

A espera do momento fatídico, derradeiro

Do último suspiro a ser desprendido

Entre palavras sem sentido e dor.

Ah! A dor... Esta, estará para sempre cravada ao peito

Que por amar se flagela,

Por insistência se regenera,

Para mais adiante morrer mais um pouco de amor,

Aos goles e aos poucos

Como quem degusta uma taça de vinho...

Cris Amaral
Enviado por Cris Amaral em 13/08/2014
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