Ode às que foram
O enganado:
Sou um enganado pelos sentimentos, principalmente pelo amor imposto,
Peregrino entre dores e tormentos, mas sempre em todo o momento,
Com muito gosto.
Me iludo, insisto e repito os mesmos erros;
É como uma desafinada melodia, cacofonia,
Falsete verdadeiro que sai altivo e em vão,
Para todos os ouvidos em sintonia,
Toda a plateia em agonia,
Ecoando para além do salão.
No passado:
Os amores (errados) passados de quase nada serviram, nada aprendi;
Com meu coração em cacos sempre estive de bem.
Conheci a vil ambição, conheci o pérfido amor (me perdi),
Mas também me comprometi com o verdadeiro,
Fiz inteiros os relacionamentos esculpidos na essência,
Salvos nas memórias, eternizados no que sobrevém.
No futuro:
O baldio fez a carne ser mais forte, fez o porte do cavalo raçudo;
Duas estrelas que brilham forte no agora e se apagam (ou não) num futuro.
André Anlub®
(21/8/14)
Site: poeteideser.blogspot.com