RELÍQUIAS

Não é das primaveras que ganho a beleza

Que me cobre o rosto de sorrisos;

Não é das estrelas que ganho a luz

Que me cobre os sorrisos de alegria;

Não é do azul das manhãs de outrora,

Nem do que ainda tingirá o firmamento,

Que ganho a certeza do agora,

E a esperança do vir a ser:

São presentes do amor.

Quando olho o florescer das primaveras,

Quando olho o cintilar das estrelas,

Vejo os meus sonhos renascendo

Das cinzas candentes das horas felizes

Que passamos juntos em outras eras,

E assim revejo, nas molduras do tempo,

Pinturas de todas as cores e matizes

Dos únicos sonhos que não sei esquecer:

São relíquias do amor.

Carlos Henrique Pereira Maia
Enviado por Carlos Henrique Pereira Maia em 01/09/2014
Código do texto: T4946007
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